A Missão do Movimento ‘Geração Islâmica’: Rumo a um Califado na Europa

“No dia 3 de novembro, uma significativa manifestação a favor da Palestina foi observada em Essen, uma cidade no estado de Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha. Conforme relatado pelas autoridades locais, aproximadamente 3.000 manifestantes se reuniram para apoiar a causa palestina e criticar as ações de Israel em resposta aos recentes ataques do Hamas em Gaza, iniciados em 7 de outubro.

Durante o protesto, os participantes exibiram cartazes e slogans criticando Israel, mas não mencionaram os aproximadamente 239 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza.

A Alemanha tem enfrentado uma série de manifestações pró-Palestina em diferentes regiões, incluindo Berlim, onde uma grande comunidade muçulmana tem se manifestado por um cessar-fogo em Gaza, embora sem repudiar o Hamas.

Além do foco no conflito do Oriente Médio, alguns protestos na Alemanha, como o de Essen, apresentaram manifestantes com bandeiras de grupos considerados terroristas na Europa e reivindicando a formação de um califado no continente.

Essa manifestação específica em Essen foi promovida nas redes sociais e fortemente apoiada pelo movimento “Geração Islâmica”, formado por muçulmanos residentes na Alemanha que defendem a criação de um califado islâmico global.

Ahmad Tamin, porta-voz do movimento, defendeu a união dos muçulmanos na Europa sob a bandeira do Hizb ut-Tahrir, um grupo extremista que busca estabelecer um califado islâmico mundial sob a lei Sharia, similar ao regime talibã no Afeganistão.

Ahmad Omeirate, um estudioso islâmico residente na Alemanha, comentou ao jornal BILD sobre um vídeo postado por Tamim no YouTube após os ataques do Hamas a Israel. O vídeo, que alcançou mais de 58 mil visualizações em um dia, apresentava Tamim justificando os ataques do Hamas como autodefesa e exaltando o assassinato de civis. Na manifestação de Essen, Tamim reiterou essa perspectiva.”

O que é o movimento “GERAÇÃO ISLÃMICA”.

O movimento “Geração Islâmica” (em árabe: الجيل الإسلامي, Al-Jil Al-Islami) foi um grupo islâmico militante no Egito, ativo principalmente nas décadas de 1990 e 2000. Este movimento é conhecido principalmente por seus atos de violência e terrorismo, sendo um dos grupos mais radicais e violentos no Egito naquele período. Suas ações incluíam ataques a turistas, funcionários do governo e civis egípcios, buscando desestabilizar o governo e implementar a lei islâmica (Sharia) no país.

O grupo surgiu como uma ramificação de movimentos islâmicos mais amplos no Egito, que buscavam uma sociedade governada por princípios islâmicos. Eles se opunham ao governo secular egípcio, que consideravam corrupto e distante dos ensinamentos do Islã. O movimento “Geração Islâmica” foi responsável por vários atentados de alto perfil, incluindo o massacre de Luxor em 1997, onde 62 pessoas, a maioria turistas, foram mortas.

A repressão governamental ao grupo e a mudança na estratégia de outros grupos islâmicos no Egito, que começaram a buscar mudanças através de vias políticas em vez da luta armada, levaram a uma diminuição da atividade do “Geração Islâmica”. Alguns líderes do grupo eventualmente declararam um cessar-fogo e renunciaram à violência, embora haja dúvidas sobre a adesão de todos os membros a essa mudança de estratégia.

Quais os riscos para a Europa?

Os principais riscos associados a grupos como o “Geração Islâmica” para a Europa incluem:

  1. Inspirar Ataques Terroristas: Mesmo que o grupo não esteja ativamente envolvido em planejar ataques na Europa, a ideologia extremista pode inspirar indivíduos ou células locais a cometer atos de terrorismo.
  2. Redes Extremistas: A existência de redes internacionais de grupos extremistas pode facilitar o movimento de militantes e a transferência de conhecimento tático e operacional, aumentando o risco de ataques na Europa.
  3. Radicalização: A propaganda e a ideologia de grupos extremistas podem contribuir para a radicalização de indivíduos na Europa, especialmente através da internet e das redes sociais.
  4. Retorno de Combatentes Estrangeiros: Combatentes europeus que se juntaram a grupos extremistas no exterior podem retornar à Europa, trazendo consigo habilidades de combate e uma ideologia radical.
  5. Instabilidade Regional: A atividade de grupos como o “Geração Islâmica” no Oriente Médio e Norte da África pode contribuir para a instabilidade regional, levando a fluxos de refugiados e possíveis entradas de militantes disfarçados entre eles.

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Rafael
Bitencourt

Muito bem-vindo ao meu site. Sou formado em Geografia e Meio Ambiente pela PUC Rio, especializado em Geopolítica. Jesus me deu uma segunda chance! Em 1997, vivi um milagre e, desde então, tenho cantado canções de esperança para o mundo, com palestras e ministrações.

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