O pequeno Yonatan Moshe Erlichman, um israelense de apenas 8 anos que tornou-se figura central em um vídeo de promoção da vacina contra COVID-19, teve uma morte súbita, resultante de uma parada cardíaca. Esse trágico acontecimento gerou ondas de comoção e preocupação, não apenas por sua morte precoce, mas também por causa do contexto em que ele se tornou conhecido.
Antes desse trágico incidente, Yonatan, que era filho e neto de médicos israelenses proeminentes, apareceu em um vídeo no ano de 2020. No vídeo, ele estava ao lado de Shuski, descrito como uma “criança fantoche amigável”, e juntos incentivavam os espectadores a se vacinarem contra o COVID-19 assim que a vacina estivesse disponível.
No entanto, a morte do menino, que ocorreu logo após um episódio de quase afogamento em sua própria banheira, gerou uma enxurrada de questionamentos nas redes sociais. Um tweet destacado na matéria levanta questionamentos muito pertinentes: “Isso não te choca? Onde estão as manchetes? As investigações? Quantas mais crianças morrerão no altar dourado?” O mesmo tweet destaca: “E em particular, já existem dois estudos controlados que mostram que as vacinas de mRNA causam problemas cardíacos… Até quando você vai negar?”
Outra publicação nas redes sociais levanta a questão da aparente ausência dessa notícia nas grandes mídias televisivas, observando que a história de Yonatan parecia estar confinada à imprensa local e religiosa. A especulação sugerida pelo tweet é que a família estava “morta de medo” e estava tentando manter a história o mais discreta possível.
Em um comunicado oficial, a família do garoto expressou sua dor e gratidão pelo apoio que receberam: “Nosso Yonatan Moshe faleceu há pouco tempo. Na véspera do Yom Kippur, Yonatan sofreu uma parada cardíaca em nossa casa, e desde então lutamos ao lado dele após seu colapso. Agradecemos a todos os queridos que estiveram ao nosso lado nos últimos dias de sua vida.”
Em um contexto mais amplo, Israel se tornou um dos principais destinos no mundo em termos de vacinação mRNA. Com mais de 70% de sua população acima de 16 anos tendo recebido pelo menos duas doses até abril de 2021, a nação tem desempenhado um papel central nos esforços globais de vacinação.
No final de 2020, o governo israelense tomou a decisão de assinar um acordo com a gigante farmacêutica Pfizer para adquirir 8 milhões de doses de sua vacina contra COVID-19. Em troca de prioridade no recebimento da vacina, Israel forneceu à Pfizer dados epidemiológicos valiosos que ajudariam na avaliação da eficácia da vacina.
Benjamin Netanyahu, o Primeiro Ministro israelense, vangloriou-se dessa parceria, afirmando ter transformado Israel em um “laboratório para a Pfizer”. Essa decisão, segundo ele, foi facilitada pelo fato de que 98% da população israelense tem registros médicos digitalizados, que, quando combinados com a base de dados genéticos do país, facilitariam relatórios detalhados do impacto da vacina nos cidadãos.
A tragédia da morte de Yonatan, portanto, ocorre em um cenário onde Israel, e o mundo em geral, estão navegando pelas águas desconhecidas da pandemia e da vacinação em massa. Suas implicações são profundas, tanto do ponto de vista humano quanto do ponto de vista da saúde pública.
https://t.co/F4LWMtEXna
— Karina Michelin (@karinamichelin) October 16, 2023
O trágico destino de Yonatan Moshe Erlichman, um menino israelense de oito anos que foi usado como garoto propaganda da Pfizer em Israel, numa campanha nacional de vacinação contra a COVID-19 em crianças - morreu de ataque cardíaco.
Não há nada de… pic.twitter.com/71EAFN4IeR