A partir do próximo ano, a imunização contra a Covid será integrada ao Programa Nacional de Vacinação (PNV) no Brasil. O Departamento de Saúde sugere que as administrações estaduais e municipais deem prioridade à vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos e a grupos mais vulneráveis a complicações severas da doença.
Essa adaptação segue as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem como objetivo potencializar o esquema nacional de imunização, conforme declara o departamento.
Conforme uma orientação recente da OMS, a aplicação da vacina contra a Covid será incluída na agenda anual de imunização para os grupos de risco. Na mobilização de 2024, serão priorizados os mesmos grupos de 2023.
Em relação aos outros grupos, como é padrão, o Departamento de Saúde disponibilizará a vacina para eles após atendimento dos grupos de risco. A meta principal é reduzir a severidade, internações e fatalidades decorrentes da doença.
Para os adultos saudáveis, as doses já administradas garantem resistência contra formas severas da enfermidade. A contaminação ainda pode acontecer, mas com menor gravidade.
Os imunizantes também oferecem defesa contra a Covid prolongada, como comprovam pesquisas recentes. Dessa forma, até o presente momento, não seria essencial uma nova aplicação para adultos saudáveis. Porém, vale ressaltar que a enfermidade é recente e, se surgirem novas cepas que resistam aos imunizantes atuais, as diretrizes podem ser revisadas.
O Departamento de Saúde encomendou uma pesquisa nacional sobre a Covid prolongada, que atinge indivíduos que foram infectados e mantêm sintomas por extensos períodos. Esse trabalho irá coletar informações de aproximadamente 33 mil indivíduos em todo o território e trará insights valiosos para a elaboração de estratégias públicas voltadas a essa questão. A coordenação da pesquisa está sob responsabilidade do cientista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas.
Em relação à progressão da doença, o Brasil acompanha um padrão mundial e apresenta flutuações. Certas regiões evidenciam crescimento de casos em adultos, enquanto outras mostram estabilização nas notificações. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está acompanhando essas estatísticas e percebe uma elevação gradual em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos em determinadas áreas, contudo sem impacto no número total de casos reportados.